Igreja Matriz
Manuelino. Séc. XVI
A também designada por Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Oliveira resulta da ampliação, no início do século XVI, de uma primitiva capela datável dos séculos XIII ou XIV, em torno da qual terá crescido a povoação. A estrutura da igreja quinhentista corresponde à tipologia comum da arquitetura manuelina de carácter regional, completada por uma importante campanha decorativa na segunda metade do século XVII. Da estrutura manuelina destacam-se a capela-mor, coberta por uma complexa abóbada de cruzaria de ogivas com requintada decoração de cariz vegetalista, bem como o delicado portal principal, rematado em arco de carena, e os capitéis lavrados do interior. A campanha seiscentista centrou-se no grandioso retábulo de talha dourada e policromada da capela-mor, em estilo barroco nacional, que integra uma tela atribuída a Bento Coelho da Silveira, representando o orago do templo. No conjunto merecem ainda referência os retábulos oitocentistas em talha dourada das capelas laterais, uma representação do Calvário da escola maneirista de Évora, a fonte baptismal em cantaria, quinhentista, e o relógio de sol seiscentista da fachada, em pedra de Trigaches, considerado um dos melhores exemplares do Alentejo.